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sábado, 2 de junho de 2012

Terém (Carlos Nóbrega)


O louco toda manhã
senta na minha calçada.
Senta e não pede nada.
Só ri um pouco e se cala.
Nunca o vi comer
nunca o vi beber
deve ser feito de alma.
Depois se levanta e vai
levando tudo o que tem:
suas horas, moscas e nadas.
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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Um campo de concentração nos trópicos (Adelto Gonçalves *)





I

Se o Brasil já soube reverenciar os seus grandes escritores, como ao tempo de José de Alencar (1829-1877), Machado de Assis (1839-1908), Olavo Bilac (1865-1918), Graciliano Ramos (1892-1953) e Jorge Amado (1912-2001), hoje não o faz tanto. E não é porque não existam grandes escritores. É por desconhecimento mesmo das novas e velhas gerações que são bombardeadas por literatura norte-americana de baixo nível, que aqui chega em formato de livros de auto-ajuda.