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sábado, 2 de junho de 2012

Terém (Carlos Nóbrega)


O louco toda manhã
senta na minha calçada.
Senta e não pede nada.
Só ri um pouco e se cala.
Nunca o vi comer
nunca o vi beber
deve ser feito de alma.
Depois se levanta e vai
levando tudo o que tem:
suas horas, moscas e nadas.
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