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quinta-feira, 28 de junho de 2012

Poemas árabes (Mariel Reis)



I

Para Aurea

Embora o trabalho e os dias
Encham meu espírito de tédio,
E o cansaço de toda a justiça
Perturbe aos meus ouvidos
Com o apelo inútil
De uma tormenta...


Os escritores e a crítica – 6 (Franklin Jorge)


(Honoré de Balzac)

Escrevendo em 1838 o que seria o cume de sua já célebre Comédia Humana, Balzac insere em “Esplendores e Misérias das Cortesãs”, ao falar das mulheres que se vendem, um curto e exato debuxo do que seria um crítico em ação naquele momento vivido na França, no efervescente período entre a República e a Restauração. Entorpecido na labuta, para quem tudo são palavras, palavras, palavras, o crítico é caracterizado, em síntese, por uma profunda despreocupação para com as fórmulas da arte.