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terça-feira, 14 de agosto de 2012

Da leitura de Aíla, Chico e Jair (Nilto Maciel)


Hoje, dia dos pais (sou quatro vezes pai e, mais seria, não fossem as mulheres tão alheias ao meu amor à humanidade), acordei com vontade de ser pai de novo. Telefonei para sete amigas e nenhuma me deu ouvidos. Chateado, errei pela casa, chutei uma bola imaginária (que poderia significar o mundo, a Terra, o globo terrestre) e agarrei, com unhas e dentes, três compêndios que me espiavam com cara de sedução. Pu-los sobre a mesa e os mirei. Sim, eu os li recentemente. Um é da amiga e conterrânea Aíla Sampaio, outro do mineiro-paulista Chico Lopes e o terceiro do velho (acho que nos conhecemos desde 1980) Jair Humberto Rosa. Três obras literárias que me deram muito prazer no finalzinho de julho e neste começo de agosto. E me fizeram pensar na paternidade, na maternidade, no Universo em expansão, na harmonia dos astros e na solidão dos poetas.


segunda-feira, 13 de agosto de 2012

A menina da noite (Ronaldo Monte)


Há alguns anos, Raíja, minha filha mais velha, me deu um bonito caderno de notas, feito à mão, pedindo que eu escrevesse um poema nele. Ao longo de alguns anos, fui escrevendo pequenos versos que foram fazendo sentido por eles mesmos. Em 2007, nasceu Gabriela, minha primeira neta, filha de Raíja com Ivan. Quando saí da maternidade, encharcado de emoção, tive a idéia de compor um poema para minha neta a partir dos versos escritos no caderno que sua mão me presenteou. Depois de trabalhar com um alucinado, telefonei para a maternidade e dei ordem para não sair ninguém. Queria que todos os que apinhavam o quarto ouvissem o poema que acabara de compor: “A menina de noite”.