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sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Acácio e o imposto sobre a palavra (Clauder Arcanjo)



 (Toulouse Lautrec)

Para Aécio Cândido de Sousa

Manhã de quarta-feira passada, logo cedo, ganhei as ruas do Centro. Alguns compromissos financeiros levaram-me a enfrentar a fúria das ruas do comércio. Esbaforido e ainda tangido pelos carros de campanha política, a anunciar “os anjos e anjas”, candidatos a vereador e a prefeito de nossa província, driblava, rápido e cabisbaixo, a tumultuária multidão. Quando dobrei a esquina, dei com o Duart’s Café. Não perdi tempo, embrenhei-me no recinto, cuidando de fechar bem a porta de vidro atrás de mim.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Para decifrar o enigma amazônico (Adelto Gonçalves*)



                                                           I
            Assassinado aos 43 anos de idade por um desafeto, que lhe conquistara a mulher e haveria de assassinar seu filho – sempre em legítima defesa, diga-se de passagem –, Euclides da Cunha (1866-1909) ainda deveria dar outras páginas memoráveis à Literatura de expressão portuguesa, não tivesse tido um fim tão inglório e prematuro. Mas, seja como for, o que deixou foi suficiente para alçá-lo ao panteão de nossos escritores mais memoráveis, ao lado de José de Alencar (1829-1877), Machado de Assis (1939-1908), Lima Barreto (1881-1922), Graciliano Ramos (1892-1953), Guimarães Rosa (1908-1967) e Jorge Amado (1912-2001).