“...Onde os fantasmas que calavam /...e as coisas
que as horas gastavam?...”
(Lúcia Fonseca)
Horas gastas é a arte de esquecer, é memória emotiva, aquela que se
preocupa apenas em lembrar o que interessa como o essencial para viver. É
preciso refletir para lembrar, identificar e imaginar. Nada mais apropriado do
que a arte de ler, exercício que estimula a imaginação, sem gastar as horas.
Segundo Orides Fontela, “Memória // A cicatriz, talvez / indelével // o sangue
/ agora / estigma.”