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segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Reunião (Carlos Nóbrega)





Quintalzinho, à luz inédita dos domingos,
com sua touceira de pés de bananas
encostada na quina do muro,
Muro velho de tijolos grosseiros
onde também se recostou um dia o meu tio Pedro
            e sorriu para sempre,
Quintalzinho, bananeiras, tio Pedro,
manhã dos primeiros domingos 
Todos se foram,
Tudo se foi dali
E todos ficaram comigo.


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domingo, 30 de setembro de 2012

Sobre cinquenta livros (W. J. Solha)



(W. J. Solha)

Em meio à trabalheira em que tento melhorar o libreto para a Ópera Vertical, encomendado por Eli-Eri Moura, com estreia marcada para 28 de novembro, enquanto tento dar continuidade a meu novo poema longo – Ecce Homo – que comecei em fevereiro, e ainda assimilo a repercussão dos filmes pernambucanos de que participei O Som ao Redor e Era uma vez eu, Verônica no Brasil e no exterior, dou-me conta de que, nestes últimos anos, escrevi cinquenta comentários a respeito de livros de autores brasileiros, especialmente paraibanos – romances, contos, poesia, ensaios de que mais gostei. Na verdade foram bem mais de meia centena, mas o excesso não é digno das obras que lhes deu origem. Até me desculpei com alguns autores por não conseguir encontrar caminho para o núcleo de suas criações, limitando-me a dizer-lhes uma coisa e coisa por e-mail, a respeito do que haviam publicado, e só.