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segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Homem Desoriental - II (Mariel Reis)



(Quadro de Pino Daeni)


Embora o trabalho e os dias
Encham meu espírito de tédio,
E o cansaço de toda a justiça
Perturbe aos meus ouvidos
Com o apelo inútil
De uma tormenta...

Eu repouso no sopro
Que cobre os lírios
Espalhados na sua face.

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sábado, 6 de outubro de 2012

Ungulani Ba Ka Khosa: a África que o Brasil não conhece (Adelto Gonçalves*)




                                                           I
            Enquanto as universidades e editoras portuguesas e brasileiras, praticamente, só estudam e publicam autores africanos lusodescendentes – com as exceções de praxe, na área editorial, como a Editorial Caminho, de Lisboa, que tem tradição na área –, pouco se lê sobre romancistas, contistas e poetas africanos autóctones ou mestiços que utilizam a Língua Portuguesa como meio de expressão. E, no entanto, em poucos anos, se a Língua Portuguesa – a língua do invasor e do colonizador – quiser sobreviver no continente africano – e com ela todo o legado lusófono –, será mesmo dos autores autóctones que dependerá.