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sábado, 3 de novembro de 2012

Palavras (Carlúcio Bicudo)





 






 Palavras boiam sobre o papel,
 como pensamento aprisionado.
 São letras aglutinadas pelo pincel
 que desliza suavemente pelo cartonado.

 Algumas palavras são algemas
 que encarceram as letras na celulose.
 Outras formam docemente poesias.
 Refletindo palavras em simbiose.

 O papel é um campo aberto.
 Pronto para rimar liberdade com verdade.
 Semeando palavras a florir.

 Livros fechados não reluzem...
 Livros abertos simplesmente traduzem...
 Palavras impressas na forma de luz.

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sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Aos vivos, hoje (Jorge Pieiro)

Aos vivos, hoje. para que testamento não...


 
para que testamento

não ponham flores no túmulo

não usem fumo mesmo que recrudesça a moda
não coloquem notas nos jornais
não enviem mensagens de luto pelas redes sociais
não produzam ritos de corpo presente
não chorem... não chorem...