Fiz pedido esdrúxulo a quatro pupilas minhas: Camila
Peçanha, Sofia Correia, Simone Farias e Manoela Ximenes. Para cada uma mandei
recado curto: Venha ao colégio amanhã, às 14 horas. Assunto: fim do mundo.
Vieram, assustadas. Conversamos a respeito de nós mesmos. Intrigada, uma delas
quis dar fim ao mistério: Vamos ler A
Guerra do Fim do Mundo? Dirigi-me à sala ao lado e trouxe quatro opúsculos:
Leiam estes versos e voltem sábado, para a aula. E lhes entreguei,
aleatoriamente, as seguintes obras: De
viva voz, de Anderson Braga Horta; O
cinza versos o azul, / O azul versus
o cinza, de Marco Aqueiva; Uma
prática para desconserto, de Sylvia Beirute; e Imanências, de Maria de Lourdes Alba. Expliquei: Será um sábado de
poesia contemporânea.
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segunda-feira, 19 de novembro de 2012
domingo, 18 de novembro de 2012
Amar (Francisco Miguel de Moura)
Amar é
viver no mesmo teto,
debaixo
de uma telha só,
comer da
mesma mesa
e até do
mesmo prato,
beber
da mesma água
e
até do mesmo copo,
dormir
na mesma cama.
Amar é
ser conservador:
viver cem
anos iguais,
morrer
devagarinho
à custa
do vizinho.
Amar é
costume.
Amar é
necessidade.
É tão
fácil amar humildemente,
aceitando,
aceitando...
E ninguém
sabe.
Escolher
não pode.
(Do livro "Vir@gens", Ed. Galo Branco,
Rio, 2001)
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