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segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Quem quer ler François Mauriac? (Nilto Maciel)





Passei a manhã de olho no Génitrix, de François Mauriac. Como não sei francês (comprei o exemplar por simples vaidade: toda vez que algum intelectual me prometesse visita, eu poria o impresso sobre a mesinha da sala, junto a um Epistularum liber primus, de Quintus Horatius Flaccus; a um The tempest, de Shakespeare; a um Der prozess, de Kafka, e outras especiarias da arte literária). Ontem, porém, não foi a vaidade que me fez voltar a Mauriac. Foi a curiosidade mesmo. Pois eu não esperava nenhum intelectual, mas quatro alunas de meu colégio particular e muito restrito (minha oficina literária, recentemente inaugurada, com exercício na pequena sala de visitas). Semana passada havia dado a elas uma tarefa: examinar quatro livros de novos poetas brasileiros e um de contos. Não apenas ler, mas comentá-los, por escrito. Feito sorteio, Camila Peçanha foi mimoseada com Alma de brinquedo (Cataguases: Ed. Funcec, 2010), de Leonardo de Paula Campos. Com Sofia Correia ficou Incompleto movimento (Rio de Janeiro: José Olympio, 2011), de Alberto Bresciani. A Simone Farias entreguei Ossos de princesas (São Paulo: Dobra Editorial, 2012), de Beatriz Grimaldi. A Manoela Ximenes coube um presente duplo: Verdes versos (Vitória: Flor&cultura, 2007) e Rascunhos do absurdo (mesma editora, 2010), ambos de Jorge Elias Neto.

domingo, 9 de dezembro de 2012

O Homem Desoriental - IV (Mariel Reis)











O velho não sabe manejar a beleza da cortesã.
Não sabe cosê-la com os fios da aurora
Preparando-lhe uma túnica tão transparente
Quanto a manhã que ele insiste em tocar
Toda vez que rompe a alvorada.

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