Se
você está lendo este texto, é porque o mundo não acabou no dia previsto pelos
alarmistas de plantão. Quem torrou tudo o que tinha no cartão de crédito e no
cheque especial, quem falou para o chefe tudo que estava engasgado desde a
admissão no emprego, quem cantou a mulher do vizinho campeão de MMA, quem tomou
um porre e soltou a franga, saiu do armário e rodou a baiana crente como o
mundo ia mesmo acabar, deve estar se pondo a grande questão filosófica: como é que
vou encarar essa mesmice?
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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013
terça-feira, 8 de janeiro de 2013
Almoço em família, Fausto Albuquerque e lembranças de estudante (João Soares Neto)
(Escritor João Soares Neto)
Último
dia do ano. Almoço em família. Falávamos um de cada vez, sobre os nossos
defeitos, algumas virtudes e a inquestionável independência que é a
característica de todos. Cada um vive por sua conta e risco, trabalhando duro,
mas agora estávamos rindo e brincando. Descontração total.
O
celular toca. Uma voz anasalada se identifica como Fausto. Não ouço bem. Há
barulho ao redor. Afasto-me da mesa, ouço melhor: Fausto Albuquerque. Ele mesmo
relembra que foi meu professor de Português no Farias Brito e acabara de ler o
meu livro “Microcontos”, que adorou e elogiou pela original forma como foi
tecido, com pouquíssimas palavras em cada conto, que é micro, mas não deixa de
ter a forma e o conteúdo de um longo ou breve conto. Fiquei alegre. Que
presente!
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