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quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

O velho mundo de sempre (Ronaldo Monte)





Se você está lendo este texto, é porque o mundo não acabou no dia previsto pelos alarmistas de plantão. Quem torrou tudo o que tinha no cartão de crédito e no cheque especial, quem falou para o chefe tudo que estava engasgado desde a admissão no emprego, quem cantou a mulher do vizinho campeão de MMA, quem tomou um porre e soltou a franga, saiu do armário e rodou a baiana crente como o mundo ia mesmo acabar, deve estar se pondo a grande questão filosófica: como é que vou encarar essa mesmice? 


terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Almoço em família, Fausto Albuquerque e lembranças de estudante (João Soares Neto)



(Escritor João Soares Neto)

Último dia do ano. Almoço em família. Falávamos um de cada vez, sobre os nossos defeitos, algumas virtudes e a inquestionável independência que é a característica de todos. Cada um vive por sua conta e risco, trabalhando duro, mas agora estávamos rindo e brincando. Descontração total.

O celular toca. Uma voz anasalada se identifica como Fausto. Não ouço bem. Há barulho ao redor. Afasto-me da mesa, ouço melhor: Fausto Albuquerque. Ele mesmo relembra que foi meu professor de Português no Farias Brito e acabara de ler o meu livro “Microcontos”, que adorou e elogiou pela original forma como foi tecido, com pouquíssimas palavras em cada conto, que é micro, mas não deixa de ter a forma e o conteúdo de um longo ou breve conto. Fiquei alegre. Que presente!