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quarta-feira, 6 de março de 2013

Só sei que de nada sei (W. J. Solha)





O título deste artigo não é a frase acima, de Sócrates, mas a esperta resposta de Arcesilau:

– E eu nem disso tenho certeza.

Isso faz pensar. Mas – contrário à liberdade do pensamento – o cristianismo estabeleceu o dogma “Eu sou a Verdade” e estamos conversados. Mas todos sabemos que não é assim. Cristo, numa de suas Revelações, diz que o fim do mundo aconteceria na sua geração, o que é claro, não era verdade. Diz que não nos devemos preocupar com o dia de amanhã, mas o mesmo evangelho conta que ele suou sangue na quinta, apavorado com a ideia da crucifixão na sexta. Outra inverdade. E, numa Jerusalém sob Roma, que a destruiria quarenta anos depois, disse que se deveria amar os inimigos e que se desse a César o que era de César, o que seria considerado alta traição para um russo durante a invasão napoleônica,  para um ianque na luta pela independência, ou para um cidadão do Recife-e-Olinda durante a Insurreição Pernambucana. Daí a tese de Bachelard de que há um “inacabamento fundamental do conhecimento”, que ele chama de Conhecimento Aproximado.

terça-feira, 5 de março de 2013

Lápis: por Carmen e Clauder (Tânia Du Bois)




“... Corro o lápis em torno / Da mão e me dou uma luva / E se faço chover / 
Com dois riscos / Tenho um guarda-chuva...” (Toquinho)



A literatura faz toda a diferença em nossas vidas, não importa se em verso ou prosa. Cada escritor cria um método de escrever com a visão individualizada, ao permitir que a pessoa leia de forma estimulante e supere os limites da imaginação.