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quarta-feira, 3 de abril de 2013

O homem desoriental – XI (Mariel Reis)









Ó Allah, ela desperta do sono!
Estica-se para se livrar da armadilha
Invisível que lhe envolve os membros...
Sente o torpor no dorso branco
Qual o monte de açúcar
Com que adoço meu paladar.
Dirige o olhar frágil
Para a luz que fere delicada suas pálpebras
E não há palavras por vê-la renascendo
Para depois cair desfalecida de amor em meus braços.

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terça-feira, 2 de abril de 2013

O Ortega de Assumção (Nilto Maciel)



(José Ortega y Gasset)


Ganhei do escritor e editor Roberto Schmitt-Prym alguns livros. Um deles é Homem-massa: a filosofia de Ortega y Gasset e sua crítica à cultura massificada (Porto Alegre: Editora Bestiário, 2012), de Jéferson Assumção. O primeiro é meu amigo há anos e tem editado alguns de meus escritos. O segundo só conheço de enciclopédias, ensaios, comentários. Salomão Sousa, o poeta brasileiro mais próximo dos pensadores, me falava todo dia de Ortega y Gasset. E repetia: Você precisa conhecer esse monumento. Do contrário, será sempre poetinha de ponta de rua. Do ensaísta gaúcho eu nunca ouvira falar. Agora sei do seu nascimento em 1970, na cidade de Santa Maria, onde se deu a tragédia da morte de 241 jovens estudantes.