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sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ser poeta (Francisco Miguel de Moura*)






 










 (Homenagem  a Coelho Neto, poeta  de um só soneto)
  
Ser poeta é andar por sobre um fio
de  acrobata, é imolar-se por prazer,
não vacilar jamais contra seu ser,
e no poema escorrer-se como um rio.

É não ceder à  letra por desvio
e, assim, matar certezas sem alarde,
sepultando os desejos que mais tarde
ou bem mais cedo explodirão sem brio.

Ser poeta é ser deus e,  por tão pouco,
deixar que o chamem de profeta ou louco...
É ter, sem vaidade,  a alma sem hímen.

É tudo isto e mais:  Ao tempo impune,
gozando das delícias que Amor une,
ir sofrendo as paixões que nos redimem.

Teresina, PI, 14 de março de 2013

(Homenagem de Francisco Miguel de Moura ao Dia da Poesia e aos poetas deste país Brasil)

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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Receita para o bolo literário (Homero Gomes*)





Estou tentando retomar a escrita do romance juvenil Paralelo Um há muitos meses; ele já teve um título esquisitíssimo: A Jornada de A Bao A Qu. Mas o problema não é o título nem o enredo, a história já está com o esqueleto pronto, só que não estou conseguindo, primeiro, conciliar o tempo que disponho com escrita literária (não tenho mais o tempo que possuía quando escrevi Tempo do Corpo) e, segundo, não sei se devo direcionar minha escrita ao mercado ou ao FNDE. Sim, pensar no leitor, em literatura juvenil não é suficiente. Deveria ser, eu sei.