Translate

sábado, 6 de abril de 2013

Contos vertiginosos




 “Pequenos, minúsculos, os contos de Roberto Schmitt-Prym, entretanto, revelam um longo conhecimento da vida e da arte. Possuem, em comum, uma visão realista de nosso quotidiano, tão cheio, por vezes, de desencontros – e, por que não, de tragédias íntimas. As personagens, todas sem nome, deambulam por um universo em que a esperança é coisa rara, mas ela sempre surge, aqui e ali, no final de um conto ou no meio de outro. Caberá à sensibilidade do leitor deixar-se conduzir pela mão do autor nessas abreviadas aventuras, sabendo que viajará por autêntica literatura”.
Luiz Antonio de Assis Brasil, Secretário de Estado da Cultura

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Ser poeta (Francisco Miguel de Moura*)






 










 (Homenagem  a Coelho Neto, poeta  de um só soneto)
  
Ser poeta é andar por sobre um fio
de  acrobata, é imolar-se por prazer,
não vacilar jamais contra seu ser,
e no poema escorrer-se como um rio.

É não ceder à  letra por desvio
e, assim, matar certezas sem alarde,
sepultando os desejos que mais tarde
ou bem mais cedo explodirão sem brio.

Ser poeta é ser deus e,  por tão pouco,
deixar que o chamem de profeta ou louco...
É ter, sem vaidade,  a alma sem hímen.

É tudo isto e mais:  Ao tempo impune,
gozando das delícias que Amor une,
ir sofrendo as paixões que nos redimem.

Teresina, PI, 14 de março de 2013

(Homenagem de Francisco Miguel de Moura ao Dia da Poesia e aos poetas deste país Brasil)

/////