I
Escritores
moçambicanos na fase inicial da literatura de seu país sempre se declararam
inspirados por autores brasileiros. Foi o caso de José Craveirinha (1922-2003),
filho de pai português e mãe africana, que se dizia leitor atento de Manuel
Bandeira (1886-1968), Mário de Andrade (1893-1945), Graciliano Ramos
(1892-1953), Carlos Drummond de Andrade (1902-1987), Jorge Amado (1912-2001),
Raquel de Queiroz (1910-2003), João Cabral de Melo Neto (1920-1999) e outros.
Sem contar que tivera em Leônidas da Silva (1913-2004), o Diamante Negro, centroavante da seleção brasileira de 1938 e
inventor do lance chamado de “gol de bicicleta”, um ídolo de sua juventude,
admiração que compartilhava com muitos de sua geração.