A
noite branda e tranquila; quase plácida. Se lhe irrompia o silêncio tão-só o
ladrar ou o ganir d'um cão vadio, saudoso ou solitário. Pendiam onze e
cinquenta da parede. Bem como – reluzente – uns mais segundos por sobre um
velho criado-mudo. A luz escassa e sombria da minguante veio deitar-se,
indolente, aos pés da cama. U'a brisa fresca e olorosa lhe abriu alas como por
entre as cortinas de linho-cânhamo. Bailavam estas como ao som da quietude;
entorpecidas por um amável e encantador jasmim-da-noite.
O casal não parecia se importar. E, indiferente à sua presença, deixou-lha
repousar; como se faz a um indigente ou mesmo a um gato impertinente...
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quinta-feira, 23 de maio de 2013
quarta-feira, 22 de maio de 2013
Minhas heresias (Nilto Maciel)
Quem não esboçou heresias? Só
os mansos, os conformados, os medíocres, os covardes, os que baixam a cabeça
diante dos príncipes (das casas reais ou das igrejas). E toda heresia vai para
o diário. Não o jornal, mas o diário do escritor. Pois todo escritor é autor de
diário. Uns são íntimos, impublicáveis. Outros viram (ou se apresentam como)
ficção. Umas páginas vão (ou iam) logo para as gráficas. Outras, mais tarde ou post mortem. Hoje (também ou mais ainda)
são introduzidas em computadores, celulares e demais inventos maravilhosamente
reduzidos.
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