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segunda-feira, 3 de junho de 2013

Oito momentos de João Carlos Taveira (Nilto Maciel)





É-me quase impossível elaborar análise longa de pequeno conjunto de versos. Não consigo passar de dez linhas. Tenho conseguido essa façanha com narrativas de tamanho médio (cerca de cinco páginas de livro de formato tradicional). Dei-me hoje, porém, tarefa de possível realização: examinar oito diamantes. Por que esse número? Por que não oitenta ou a obra completa?

domingo, 2 de junho de 2013

Luciano Maia (W. J. Solha)





Vasculhava, apático, Do Mar ao Rio, com sonetos de Luciano Maia, quando encalhei num deles em castelhano – Cuerpo de Mujer, Blancas Colinas.... Suspeitei que sua beleza se devesse ao idioma  “una luz conmovida”, “la luna se apresó como una esclava” – mas vi, duas páginas antes, os mesmos versos em português, e eles me confirmaram estar diante de um poeta. O interesse cresceu. Maia começa o excelente O Grito, de Edvard Munch dizendo “A ponte aponta um céu doente” – e isso me remeteu diretamente ao célebre quadro maior da angústia , e ele encerra Fatvm, dedicado a Antonio Girão Barroso, lembrando que “tua mágica escritura (...) perdura / nestes versos, dos teus dessemelhantes / mas irmanados numa Dor Futura”. Isso – digo também rimando – parece-me poesia pura.