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quarta-feira, 5 de junho de 2013

Entre o lembrar e o esquecer (Hilda Mendonça)



 








De muitas pessoas já me esqueci
Outras tantas já me esqueceram
Muitas já me foram infiéis
Fui fiel a quem deveria ser

Vivi a vida e segui em frente
Enfrentei redemoinhos e calmarias
Muitos que me esqueceram
Eu não pude esquecer
Muitos que esqueci
Também não me esqueceram

E entre o esquecer e o lembrar
Sol e chuva calor e vento
solidão de deserto
minh’alma se aloja
à espera do temível ponto final.

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terça-feira, 4 de junho de 2013

Sobre "O sorriso da cachorra" (Fernanda Suhet*)





“Se queres ser universal, escreve sobre tua aldeia” (Tolstoi). E eu acrescento que se quiseres falar sobre a alma humana, abre ao mundo a tua. E é isto que Daniel Barros consegue em O sorriso da cachorra, um romance envolvente no qual apresenta ao leitor a leveza e a fascinação apaixonada de dois jovens. Mas por trás desta delicadeza temática existem dramas masculinos universais: o primeiro amor, o deslumbramento, a dor, a decepção, a esperança que renasce, o fluxo do futuro e o destino insondável que não respeita sonhos ou desejos.