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domingo, 21 de julho de 2013

Claudio Sesín: o poeta dos ocasos catamarquenhos (Adelto Gonçalves*)



                                                                 (Claudio Sesín)
I

Quem estuda as letras hispano-americanas nas universidades brasileiras, dificilmente, entra em contato com a literatura contemporânea dos países vizinhos. É o que se dá com a literatura argentina, da qual se conhece Jorge Luis Borges (1899-1986), Adolfo Bioy Casares (1914-1999), Julio Cortázar (1914-1984), Roberto Arlt (1900-1942), Horacio Quiroga (1879-1937), Oliverio Girondo (1891-1967), Juan José Saer (1937-2005), Alfonsina Storni (1892-1938), Juan Guelman (1930), Rodolfo Alonso (1934) e outros, mas quase nada da geração mais recente.  E não se diga que seja uma geração muito jovem porque a maioria já passou dos cinqüenta anos de idade.

sábado, 20 de julho de 2013

Alguma ruminação sobre a verde pétala da Poesia (Marco Aqueiva)



Uma resposta, inquieta, que provavelmente nem chegará até o nosso futuro



“Poeta, esporadicamente leio os seus livros”, registra Ferreira Gullar – provavelmente hoje o poeta vivo cuja reputação efetivamente transcende os limites da Poesia – as palavras de um mendigo que a ele se dirigiu. Ao contrário da figura pública, que é Gullar, há pouco tempo compartilhava-se a forte impressão de que poetas seriam apenas uma invenção verbal, reduzidos exclusivamente à dimensão do livro. Mas até onde o poeta pode reinar sem reino? Até a inanição absoluta? Outrora um poeta como Victor Hugo podia insuflar com versos o espírito de sua época, o século XIX, tão marcado por convulsões. Aqui entre nós, ao início do século XX, Olavo Bilac pôde gabar-se de dar ao poeta o status de profissão. Hoje há quem sustente que o poeta está inelutavelmente destinado a perecer e nem mesmo merece ser salvo, pois tem extrema dificuldade de dar uma finalidade à sua arte.