(Quadro de Eliseu Visconti)
Tenho andado preguiçoso
de ler novos poetas, contistas, romancistas, ensaístas. Muitas vezes, sinto
certa angústia: estaria a perder tempo? Tenho mais vivido ao lado dos antigos e
dos velhos. Para vocês terem ideia desses mergulhos (quase todos, mais de uma
vez), menciono cinco obras: Rimas de
José Albano; O muro, contos de
Jean-Paul Sartre; Angústia, de
Graciliano Ramos; Os melhores contos de
Tchékhov; e O grande pânico, de
Airton Monte. Ora, dirão, este último é novo, é de agora (sim, é mais novo do
que eu), embora já não esteja conosco. Está, sim, aqui, ali, acolá, mesmo
invisível, ao lado de José Albano, Graciliano, Sartre e Tchékhov. E de todos os
bons artesãos da palavra.