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domingo, 25 de agosto de 2013

Endereço (Emanuel Medeiros Vieira)



Para o blogueiros da Ilha




Perdi (perdemos) o endereço de Deus.
Perdi (perdemos)?
Estará no bolso da calça, na segunda gaveta, no trapiche da Praia de Fora,
no Parque da Redenção, na Praça Castro Alves, na esquina  da São João com
a Ipiranga?
Perdi o endereço de Deus.
Estará escondido na clandestinidade, dormindo em quartos com cheiro de mofo – Neocid
para as pulgas – ou nos interrogatórios no DOPS?
Nas fugas apressadas?
Perdemos o endereço de Deus,
E temos todos os aparelhos  eletrônicos,
da China, do Paraguai, do Estados Unidos.
E sempre quereremos mais, mais,
cerveja gelada anunciada pela loira gostosa, o carrão com a estrela da TV,
o último produto – ansiedade perpétua, e continuaremos ansiando:
 e quando  chegar a noite, desmoronaremos.

sábado, 24 de agosto de 2013

Balada, Noite nº 32 (Ranieri Basílio)













Não vou poder desenvolver
O meu mistério, minha dúvida,
Sem compreender o que se muda.
É tão difícil nada ver.
Puro desejo que inexiste.
       E algo ainda existe?