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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Bilhetes sem fronteiras (Carlos Trigueiro)



(Escritor Carlos Trigueiro)


Nos confins paraibanos, rumos de Coitezeiras, Francisco, meu avô paterno, músico, encantou um bilhete no sopro do clarinete. A mensagem soprada varreu léguas, marcos, fronteiras e chegou a Parnamirim, terra potiguar, onde vivia Maroca, minha futura avó.  Maroca, com os olhos da cor do céu, desencantou o bilhete musicado e não parou de cismar. A réplica levou a eternidade de três luas no lombo de jegue amuado e montado por um abestado. Depois de ler o bilhete de Maroca, Francisco botou o clarinete no ombro e o berro no cinturão. Juntou seus teréns numa trouxa e cavalgou as léguas da precisão. Até hoje ninguém sabe se Francisco pediu a mão de Maroca ou se Maroca o agarrou pela mão. Sabido e comprovado é que, chegando ao litoral, arranjaram bilhetes num veleiro e arribaram pro Norte da promissão.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Sobre “Amantes nas entrelinhas” (Tânia Du Bois)




 
A vida se resume em entrelinhas: os momentos são vividos entre o amor romântico e o real; a paisagem é vista entre vidraças; a voz ecoa entre os ruídos; as palavras são ditas nas estrelinhas do tempo; a emoção é sentida entre a alegria e a tristeza; as mãos se tocam entre os sentidos; o beijo permanece entre os lábios; o sol brilha entre nuvens; a amizade reflete entre os encontros e desencontros e o livro é escrito em estilo, ideia e ideais que revelam a minha obra “Amantes nas Entrelinhas”, porque é assim que eu me sinto amante da literatura na diversidade das obras, como apresenta Gilberto R. Cunha: