Espaço: Em uma floresta de alheamento
Seu
minúsculo golpe? Quem padece?
Tudo
é mentira nessa insana meta
Chamada
de existência já sem prece?
Repara
nestes teus membros, na manhã,
Como
lenços contorcem pelo vento,
Nenhum
vai nos dizer do teu afã
Nem
revelar o puro pensamento.
E
somente o silêncio te responde.
Atrás
de ti pessoas distantes oram
Desejando
mostrar-te o que se esconde.
As
árvores balançam revoltosas,
Na
noite os frutos dormem calmo sono,
Germinam
fluidos vivos numas rosas
Que
no futuro julgam o abandono.
Ah
toda dor se mostra nessas faces
Mais
sem vida! Carregas os teus anos,
Tentando
os encobrir sob os disfarces.
O
teu nome gelado na tua boca
Será
apenas sonho sem prazer,
Pois
que a vida se fez lívida e oca
Nesse
teu não falar que é te esquecer.
Tudo
o que gostaria na hora devida,
Lamenta-te
esquecer do simples mito,
Mito de amor fundido em nossa vida.
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