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quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Liberdade (Clauder Arcanjo)


Para o poeta Márcio Catunda


Dobrou a esquina, e arrastou os seus passos cambiantes em minha direção.
Era Quarta-feira de Cinzas, e ele, com as vestes surradas de um surrado pierrô, ainda trazia nos olhos o lampejo da folia.
Parou frente a mim, na dificuldade suprema de parar daqueles que há dias não conseguiram parar. Fez-me uma saudação, flexionando ligeiramente o joelho esquerdo. Apesar do ar patético daquela figura humana, o riso não tinha coragem de pôr a cara a tapa.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

O homem desoriental – XII (Mariel Reis)











Para consorte o bom amante
Deve seguir duas regras:
Tornar o amor sempre presente
E rodar por toda a terra
Murmurando apenas o nome
Que é a chave de sua alma...
Para quando a morte o chame
Mostrar que é um caminho sem volta
O coração do amante.
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