Em meio à
escassez, a literatura
Com uma produção pautada no conto
e na poesia, a cena literária de Fortaleza se afirma apesar das dificuldades do
contexto editorial
Há um sentimento gregário que perpassa, desde muito tempo, a literatura do Ceará. Dos neoclassicistas Oiteiros, no início do século XX, ao modernista Grupo Clã, nos anos 1940, ou ao grupo Siriará, nos anos 1980, o escritor cearense tem necessidade de se unir. Esse gesto de aproximação não desaparece na produção contemporânea. Porque o que define essa tendência, antes de ser a afinidade artística, é a necessidade de desaguar contos, poemas, romances e conseguir ser reconhecido por esse trabalho.
Diante de um ambiente arredio e marcado pela escassez, em que tanto público quanto mercado não conseguem garantir a sobrevivência do escritor, a produção literária de Fortaleza surge o mais das vezes sob o signo do “mutirão”: escritores, unidos, fundam uma revista e assim mostram sua literatura. “A gente precisa entender a produção da literatura, da arte em geral, aqui, como um lugar da falta, em que você tem que estar o tempo todo insistindo, preenchendo esse lugar”, analisa o poeta e professor de literatura Carlos Augusto Lima, autor de seis livros.
Há um sentimento gregário que perpassa, desde muito tempo, a literatura do Ceará. Dos neoclassicistas Oiteiros, no início do século XX, ao modernista Grupo Clã, nos anos 1940, ou ao grupo Siriará, nos anos 1980, o escritor cearense tem necessidade de se unir. Esse gesto de aproximação não desaparece na produção contemporânea. Porque o que define essa tendência, antes de ser a afinidade artística, é a necessidade de desaguar contos, poemas, romances e conseguir ser reconhecido por esse trabalho.
Diante de um ambiente arredio e marcado pela escassez, em que tanto público quanto mercado não conseguem garantir a sobrevivência do escritor, a produção literária de Fortaleza surge o mais das vezes sob o signo do “mutirão”: escritores, unidos, fundam uma revista e assim mostram sua literatura. “A gente precisa entender a produção da literatura, da arte em geral, aqui, como um lugar da falta, em que você tem que estar o tempo todo insistindo, preenchendo esse lugar”, analisa o poeta e professor de literatura Carlos Augusto Lima, autor de seis livros.