“Passei anos a olhar / para as coisas que se destroem. / Muros de pedra
/ casas antigas, alpendres estrangulados...// Nem que o lugar / se tomasse de
ruínas...” (Jorge Tufic)
Tarde
de domingo. Do mar, escuto o que diz em voz alta. A vida senta-se, desconfiada
do mundo, ao perceber que a nossa história não está sendo ouvida e pouco
preservada e que as palavras caem como chuvas em chamas: as ruínas culturais,
emocionais e materiais. Segundo Tatiana T. Coelho, “vivemos de ruínas... /
por outrem descobrimos os que fomos, / buscamos encontrar o caminho e nos
deciframos”.