A misteriosa irradiação do nome de Marcel Proust
[1871-1922] –, desde a minha infância rural na Várzea do Açu – começou pelo
uso afetivo e recorrente de um adjetivo que, aos meus olhos de menino inquieto
e já dominado pela curiosidade intelectual, tinha o dom de recriar, num Fiat Lux!, o Paraíso na terra.
Esse adjetivo raro – não constaria de todos os dicionários – costumava ser empregado nos textos epigramáticos de Edgar Barbosa, um escritor ático que ao seu elegante estilo acrescenta a mutabilidade da literatura em suas decantações verbais da terra hereditária – o Ceará-Mirim –, guardiã dos ossos dos nossos antepassados e da memória de uma gente paciente e modesta dum burgo onde se forjou uma escola dedicada ao estudo, às letras e às artes da agricultura. Tradição que terá começado com o livro de Madalena Antunes Pereira, contendo as memórias de uma sinhá-moça, e continuou, após a morte de Edgar, com o escritor Nilo Pereira, Maria Lúcia Brandão e Sanderson Negreiros, gênios tutelares do Ceará-Mirim.
Esse adjetivo raro – não constaria de todos os dicionários – costumava ser empregado nos textos epigramáticos de Edgar Barbosa, um escritor ático que ao seu elegante estilo acrescenta a mutabilidade da literatura em suas decantações verbais da terra hereditária – o Ceará-Mirim –, guardiã dos ossos dos nossos antepassados e da memória de uma gente paciente e modesta dum burgo onde se forjou uma escola dedicada ao estudo, às letras e às artes da agricultura. Tradição que terá começado com o livro de Madalena Antunes Pereira, contendo as memórias de uma sinhá-moça, e continuou, após a morte de Edgar, com o escritor Nilo Pereira, Maria Lúcia Brandão e Sanderson Negreiros, gênios tutelares do Ceará-Mirim.