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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Regina, lyra em tempo de encanto* (Ricardo Alfaya)




“Como, caro poeta? / Unir o Sol com a Lua?" Assim indaga Regina Lyra em “Breve Ponte”, belo poema que compõe este Tempo de Encanto.  Conhecendo três outros livros da Autora e mais os trabalhos que se acham em exposição no seu “site”, na Internet, atrevo-me a dizer que neste Regina resume simbolicamente sua busca atual como pessoa e como poeta. O sentimento quer, precisa expressar-se.  Porém, a poeta sabe que a sua simples expressão ainda não constitui poesia.  Apenas a melhor expressão desse sentimento pode lograr atingir o "status" de “poema”.  O Sol, de longa data associado à apolínea razão.  A Lua, com seu lado oculto, misterioso, remetendo à dionisíaca emoção. A adequada união desses opostos é uma questão formal e de conteúdo que atravessa a obra, constituindo-se num diferencial, sobretudo em relação aos seus dois primeiros livros.

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Amor, sempre amor – 2 (Francisco Miguel de Moura)


                    











Mudam-se tempos, vidas e pesares,
mas, como outrora, a amar continuaremos.
Amo-te mais, não queiras nem saber,
amas-me mais agora e como sempre.

Se outrora caminhamos de mãos dadas,
era o medo do mundo e suas garras.
Já hoje nos soltamos pra andar juntos,
pra mais amar, que o nossa amor se aclara.

Teu corpo de menina e de mulher                                                   
Que tanto outrora já me deu ciúmes,
Hoje é prazer e graça como nunca.

Sendo eu feio, invulgar, e tu, tão bela
formamos lindo par por toda a vida
e abraçaremos outras se inda houver.

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