“Como, caro poeta? / Unir o Sol com a Lua?" – Assim indaga Regina Lyra em
“Breve Ponte”, belo poema
que compõe este
Tempo de Encanto.
Conhecendo três outros
livros da Autora e mais
os trabalhos que
se acham em exposição
no seu “site”, na Internet,
atrevo-me a dizer que
neste Regina resume simbolicamente sua busca atual como pessoa e como poeta. O sentimento quer,
precisa expressar-se. Porém, a poeta sabe que a sua simples expressão
ainda não
constitui poesia. Apenas a melhor
expressão desse sentimento
pode lograr atingir o
"status" de “poema”. O Sol, de longa data associado
à apolínea razão.
A Lua, com seu lado oculto, misterioso, remetendo à dionisíaca
emoção. A adequada união
desses opostos é uma questão
formal e de conteúdo
que atravessa a obra,
constituindo-se num diferencial, sobretudo em relação aos seus dois primeiros livros.
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sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014
quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014
Amor, sempre amor – 2 (Francisco Miguel de Moura)
Mudam-se tempos, vidas e pesares,
mas, como outrora, a amar
continuaremos.
Amo-te mais, não queiras
nem saber,
amas-me mais agora e como
sempre.
Se outrora caminhamos de
mãos dadas,
era o medo do mundo e
suas garras.
Já hoje nos soltamos pra
andar juntos,
pra mais amar, que o
nossa amor se aclara.
Teu
corpo de menina e de mulher
Que tanto outrora já me
deu ciúmes,
Hoje é prazer e graça como nunca.
Sendo eu feio, invulgar, e tu, tão bela
formamos lindo par por
toda a vida
e abraçaremos outras se
inda houver.
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