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quarta-feira, 5 de março de 2014

O maior experto da Literatura do Ceará (Vianney Mesquita)



(Rafael Sânzio de Azevedo)
  
A profissão de escritor é, consoante a maneira pela qual se exerce, uma infâmia, um passatempo, um ofício, uma arte, uma ciência ou uma virtude (A.W. Schlegel Hannover, 10.03.1772; Dresden, 11.01.1829).

 No nosso trabalho subordinado ao título Resgate de ideias – estudos e expressões estéticas (Fortaleza: Programa Editorial da Casa de José de Alencar, da U.F.C., 1996; 192 p), procedemos a comentários fugazes respeitantes à obra Aspectos da Literatura Cearense (1982), do polígrafo coestaduano Sânzio de Azevedo, trazendo ao público ledor pontos ainda obscuros ou ainda pouco mencionados (há 32 anos) pela regular bibliografia em curso, até então, a respeito das letras no Ceará.

terça-feira, 4 de março de 2014

Meu papel é um altar (Francisco Miguel de Moura*)





 











“Minha música está nas letras,
Notas que se perdem na palavra”.** f.m.m.

 
Os sons dos meus rabiscos soam
Sonorosos onde as letras se perdem.
Meu papel em branco é leite e mel
Para o pensamento preso em nós...

Duros são os instantes do homem!

Solto meus cães e pássaros na manhã
Sem neblina, ao sol que me amanhece.
E eles viverão.

Minha ciência é a crua natureza.
Deus é tão rico! Faz bonito e belo
Tudo o que faz. E inda há quem diga:
Ai! que feia criação!

O diferente é belo e cabe no poema
Como na tela de um pintor barroco.
E este é, sim, igual a nossos pássaros,
Que levam nos seus braços nossa fé,
Voando para o além dos infinitos.

Terra é terra e Deus – vida e energia.
E no altar do papel – palco e juiz,
Vida e amor são luzes, são poesia.

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*Francisco Miguel de Moura, poeta brasileiro. Este poema tem por fim lembrar que nem tudo o que parece é. Nem a tela do computador será eterna.
**A epígrafe acima também é minha – pequenino poema que a este se agrega.

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