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sexta-feira, 28 de julho de 2006

Casa mal-assombrada (Nilto Maciel)



Vez por outra, Hulda desaparecia dentro de casa. Parecia fantasma. Eu a chamava, ela nada respondia. Vasculhava todos os cômodos e não a encontrava. E a casa era pequena. Sala, três quartos, dois banheiros, cozinha e quintal.

Tempos de mula preta (José Alcides Pinto)




A Secretaria de Cultura e Desportos entregou ao público no fim de 81 o livro de contos de Nilto Maciel — Tempos de Mula Preta. É este o primeiro livro do autor, embora seja Nilto Maciel um veterano nas letras, com alguns trabalhos publicados em revistas e jornais, outros incluídos em volume, como em Queda de Braço, uma antologia do conto novo, que ele mesmo organizou e onde se salvam pouquíssimos nomes. Mas ele é apenas responsável pela parte que lhe toca. O resto que se dane. Mas há, sem dúvida, figuras de nível literário entre essa coorte heterogênea e desordenada, como Airton Monte, Carlos Emílio Corrêa Lima, Francisco Sobreira e poucos outros. Mas é do seu Tempos de Mula Preta que queremos falar agora.