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segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Três momentos da arte no Brasil (Nilto Maciel)

(Péricles Prade)


A preguiça de janeiro vai passando ao largo. Sinto uma disposição de jumento para trabalhar, com direito a algum descanso à noite e uma ração de capim seco. Como anunciei na crônica “Seis livros de versos e uma preguiça de sétimo dia”, aqui me dedicarei a três publicações de prosa ensaística ou jornalística: Poesia e ficção de Péricles Prade: semas, semantemas, logomatrias (São Paulo: Pantemporâneo, 2011), de Jayro Schmidt; Dossiê Osíris: Péricles Prade (Florianópolis: Redoma; Navegantes; Papa-Terra, 2011), organização e seleção de Marco Vasques e Rubens da Cunha; e Paulo Osorio Flores (Rio de Janeiro: Calibán, 2008), de André Seffrin.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Tormentas de setembro (Cláudio B. Carlos, CC)


O vento enrola novelos de cisco
que escaramuçam no terreiro
Sapos roncam porongos
num chimarrear mais sem fim
Cuscos na proteção dos galpões
dedilham invisíveis cordas
para a dança do pulguedo
Chinoca fechando portas
janelas
e chamando o piazedo pra dentro
Pingos grossos num zás
começam a tamborilar no telhado quente
É de azinhavre o beijo que sorvo
no bocal da bomba...
No revirar das cinzas
a alma encarnada do borralho
São velhas
loucas
as tormentas de setembro...


(Do livro “Memórias do Jirau”)


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