Para Lustosa da Costa
(In memoriam)
Caso o tempo decida
Enterrar os ponteiros esquivos,
Ou pintar de branco os
segundos,
Pensarei em deixar o hiato de
mim,
A solfejar, quem sabe, a sonata
final.
Caso o tempo decida
Abandonar os segredos
insepultos,
Ou lambuzar de cinza as horas,
Deixarei, à sorrelfa, o
espectro de mim,
A tartamudear, você sabe, a
praga outonal.
clauderarcanjo@gmail.com
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