Hoje tive a grata surpresa de receber
novo livro de Nilto Maciel – Gregotins
de desaprendiz –, que me deixou ansioso para ler. O último que li foi Menos vivi do que fiei palavras, livro
que me encantou e me surpreendeu. Como o próprio Nilto diz, e concordo com
ele: “Gosto de surpresas...”, referindo-se a um romance que lia no momento, e
que não a estava encontrando no tal romance.
Acredito que Menos vivi do que fiei palavras é um livro que deveria ser lido
por todos que pretendem se tornar escritores. Acho que não foi esta a
intenção dele, mas à medida que comenta outros autores, dá uma lição de como
escrever um bom livro, é evidente. Mais uma vez concordo com Nilto: “... arte
não se aprende. É talento, vocação, inspiração, predestinação. Seguidos de
aprendizado, paciência, trabalho, dedicação.” Estão servidas as suas “dicas”
a este segundo momento do trabalho.
Foram muitos os momentos em que me
identifiquei com o autor em seus relatos, o que me deixou menos desamparado,
menos só, como na seguinte passagem: “A leitura para mim ocorre,
fundamentalmente, por dever (de escritor) e por falta de ocupação melhor.
Para renovar a literatura, é preciso ler muito.”
Sem dúvida, como bem diz o poeta João
Carlos Taveira, Nilto Maciel é um dos escritores mais completos da moderna
ficção brasileira, como também o foram Graciliano Ramos, Machado de Assis,
entre outros mestres da nossa literatura.
*Daniel Barros é autor do romance O sorriso da cachorra, e tem no prelo Enterro sem defunto, também romance.
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sexta-feira, 24 de maio de 2013
Pequena resenha literária (Daniel Barros*)
quinta-feira, 23 de maio de 2013
Estalo e estampido (Rocha Oliveira)
A
noite branda e tranquila; quase plácida. Se lhe irrompia o silêncio tão-só o
ladrar ou o ganir d'um cão vadio, saudoso ou solitário. Pendiam onze e
cinquenta da parede. Bem como – reluzente – uns mais segundos por sobre um
velho criado-mudo. A luz escassa e sombria da minguante veio deitar-se,
indolente, aos pés da cama. U'a brisa fresca e olorosa lhe abriu alas como por
entre as cortinas de linho-cânhamo. Bailavam estas como ao som da quietude;
entorpecidas por um amável e encantador jasmim-da-noite.
O casal não parecia se importar. E, indiferente à sua presença, deixou-lha
repousar; como se faz a um indigente ou mesmo a um gato impertinente...
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