Daniel
Barros não é só uma promessa, mas uma revelação da nova literatura brasileira.
E o romance foi o gênero escolhido para expressão de suas inquietações, de seu
estar no mundo. Depois do sucesso do livro de estreia (O sorriso da cachorra),
chega a este Enterro sem defunto com grande vigor criativo e
amadurecido domínio das técnicas exigidas pela modernidade. Sua oficina
romanesca, de certa forma, amplia o discurso tradicional na busca de uma dicção
própria, em que elementos ficcionais entrelaçam fatos históricos com fatos
cotidianos vivenciados pelo autor. A originalidade, todavia, é meta precípua
deste alagoano determinado e audacioso.
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segunda-feira, 26 de agosto de 2013
domingo, 25 de agosto de 2013
Endereço (Emanuel Medeiros Vieira)
Para o blogueiros da Ilha
Perdi (perdemos) o endereço de Deus.
Perdi (perdemos)?
Estará no bolso da calça, na segunda gaveta, no
trapiche da Praia de Fora,
no Parque da Redenção, na Praça Castro Alves, na
esquina da São João com
a Ipiranga?
Perdi o endereço de Deus.
Estará escondido na clandestinidade, dormindo em
quartos com cheiro de mofo – Neocid
para as pulgas – ou nos interrogatórios no DOPS?
Nas fugas apressadas?
Perdemos o endereço de Deus,
E temos todos os aparelhos eletrônicos,
da China, do Paraguai, do Estados Unidos.
E sempre quereremos mais, mais,
cerveja gelada anunciada pela loira gostosa, o
carrão com a estrela da TV,
o último produto – ansiedade perpétua, e
continuaremos ansiando:
e quando chegar a noite,
desmoronaremos.
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