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sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Grau da escritura (Clodomir Monteiro)



 
poema adia dia de pai
nem ele diz bem dita de mãe
dia de filho agem filias
dia desfila ato de língua
poesia destila linguagem
natureza que passa através
fala dita escritor escritura
rolando Barthes só de estilos
pai esplendor imagem sonhada


(Poema inspirado na obra de Roland Barthes: "O grau zero da escritura", Cultrix, 1971)

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quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Balada, Noite nº 33 (Ranieri Basílio)



 














Não, não, poder desenvolver
Um cemitério ou “vida muda”.
Sem compreender o que matuta,
É tão bonito tudo ver.
Mesmo sem ver. O que inexiste?
       Ah, tudo existe...

Errado tudo o que foi vivo,
Manto cobrindo meu bailar,
Agora fica nisso que há.
O mundo fecha em meu umbigo.
O calor fere a triste Lua.
       E foi na rua?

Pobre matéria que não nego,
Não se consuma assim exangue.
A construção se desconstrói
Na compulsiva mão do medo.
A concordância, cada parte,
Vira fumaça no que dói.
Assim se faz o que se fala
       No que se cala?

Vamos partir para um convênio:
Beleza, saúde, fé, pedidos.
Ah, tudo morre numa lenda,
No que se narra do “perdido”.
Tanto barulho há na balada
       Mesmo calada? 

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