Colho ainda frescos
nos lábios da noite
os primeiros fonemas da aurora
§
Tão cedo, e tropeço
nas pedras do dia.
Mas a flor é minha,
canto com Cecília.
§
De repente me sinto
um com todos os homens
e com todas as mulheres.
Eu sou as crianças do mundo!
§
A tarde chega
com seus pântanos.
De umas águas turvas e paradas
construo uma flor.
§
Outra noite me acena.
Prelibo o negror
de sua pele e seus cabelos.
§
Que oferenda levarei para as estrelas?
§
Arder, arder: outro nome do amor.
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