os velhinhos da rua Barros Leal
arrastam velhas cadeiras negras
para diante da rua
e se aconchegam em seus colos
tão íntimos.
Fazem isso desde quando
existe tarde,
desde sempre.
E as cadeiras
automatamente
por força do hábito
põem-se a se balançar sozinhas –
Vagarosamente
Penosamente,
como velhas babás descadeiradas.
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