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quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Revista Clave Crítica: novembro de 2011 e janeiro de 2012

(Anderson Braga Horta)


À PROCURA DA POESIA - por Henrique Marques-Samyn

Se consideramos que a trajetória poética de Anderson Braga Horta foi inaugurada por "Altiplano e outros poemas", publicado em 1971, percebemos a importância deste "Signo", que representa nada menos de quatro décadas de um percurso literário de indiscutível relevância − não apenas para Brasília, onde Anderson reside desde 1960, mas para todo o Brasil, sobretudo se levamos em conta a carência de poetas dispostos a refletir seriamente sobre o próprio “métier” literário e as práticas poéticas, algo por ele exercido de forma densa e consistente.

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http://clavecritica.wordpress.com/2012/01/30/a-procura-da-poesia/

UM ROMANCE SEM HEROÍNAS - por Henrique Marques-Samyn

Ao menos para o autor desta resenha, a capa de "Fome de rosas" pareceu enganosa. A imagem de uma rosa amarela, com a corola voltada para o leitor e a haste desfocada ao fundo, encerra uma indesejável sugestão “kitsch”, que sugere um texto do mesmo tipo − sentimental e excessivo, porventura; convencional, sem qualquer dúvida. Não obstante, como em tantos casos, o que promete a capa nada tem a ver com o texto. Aquela imagem, suave e inofensiva, funciona como (inadequado) revestimento para um romance implacável, que tem por tema a entrópica trajetória de três mulheres, pertencentes a uma mesma família, cujo fracasso é determinado por um motivo central: o fato de se dedicarem, com excessivo zelo, aos papéis femininos que lhes impõe a sociedade.

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http://clavecritica.wordpress.com/2012/01/23/um-romance-sem-heroinas/

O QUE NOS ENSINAM AS MEMÓRIAS - por Henrique Marques-Samyn

Desnecessário seria relembrar aqui os méritos de Antonio Carlos Secchin como crítico e pensador da literatura, por tantos já adequadamente destacados; quanto aos mais desavisados, basta que consultem a quarta capa destas "Memórias de um leitor de poesia", em que constam trechos de laudatórias declarações de João Cabral (que viu no ensaísta o melhor estudioso de sua obra), Benedito Nunes (a quem Secchin semelha “um poeta que se fez crítico ou simplesmente um poeta-crítico”) e Sergio Paulo Rouanet (para quem o ensaísta “faz a mímese da poesia que comenta”), entre outros. Assim sendo, avancemos para o que de fato importa: o que há de novo, neste novo livro de Secchin?

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http://clavecritica.wordpress.com/2012/01/09/o-que-nos-ensinam-as-memorias/

AS MARCAS DE ANATOL KRAFT - Henrique Marques-Samyn

A certa altura do romance de Roberto Gomes, afirma um personagem: o conhecimento de Anatol Kraft deixa marcas. Não obstante, trata-se de uma observação que ultrapassa os limites das páginas do livro, e que pode ser aplicada a quem se aventurar a lê-lo. Como ressalta André Seffrin, na orelha do volume, “Anatol Kraft, sem nenhuma cerimônia, chegou para integrar a família mítica dos Leonardo Pataca, Quincas Berro d’Água ou Pérsio de À mão esquerda. Pícaros ou trágicos, criaturas superlativas que diariamente refazem o desenho da vida, não por acaso, até em páginas de romance”.

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http://clavecritica.wordpress.com/2011/11/28/as-marcas-de-anatol-kraft/
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