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terça-feira, 17 de julho de 2012

Elegia dos sinos (Luiz Martins da Silva)



Os sinos, porque se dobram,
No bronze de nossas vidas,
Nas bênçãos de nossas sinas,
Nas ondas de nossas auras,


Quando soam, soam bem,
Para o bem de nossas almas.
E aos aldeões, bem mais calmos,
Emendam salmos: amém, amém.


Sinos, campainhas, chocalhos...
Tantos badalos ecoam,
E logo os céus nos perdoam
Do quanto fomos daninhos.


Mesmo que assustem andorinhas
E os pombos dos torreões,
Que sempre repiquem os sinos
Ao fundo dos corações.

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