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sábado, 1 de junho de 2013

Musas e mães (Tânia Du Bois)





     Em homenagem à passagem do dia das mães, escolhi Martha Rocha para ser lembrada, pois, todas as mães brasileiras são bonitas por dentro e por fora e têm uma beleza irrepreensível, desnudando a alma da mulher. Martha colaborou para deixar marcada aquela época como dos “anos dourados”, como gostamos de nos referir às nossas mães.
     
Lembrando, a baiana Martha Rocha foi eleita Miss Brasil, em 1954, aos 21 anos de idade. O júri era composto pelo poeta e acadêmico Manuel Bandeira, o pintor Santa Roza, o romancista e deputado Armando Fontes, a escritora Helena Silveira, o escritor Fernando Sabino, o cronista e poeta Paulo Mendes Campos e o jornalista Pompeu de Souza.
      
Por arte de magia, Manuel Bandeira declarou: Martha Rocha reúne as qualidades para lutar pelo título. Os olhos da baiana são um poema, o corpo é de uma plástica irrepreensível, os cabelos são louros e o sorriso é admirável. O poeta estava mesmo com razão.
      
Sentimos saudades daqueles tempos um tanto ingênuos que, ainda hoje, quando os lembramos, empolga todos nós e valoriza as mulheres; Martha foi escolhida a mais bela por intelectuais e celebridades, recebendo total consagração popular.
      
Os cronistas Carlos Leonan e Ana Maria Badaró perguntam: quem contesta a musa Martha Rocha? Seria o mesmo que perguntar: quem é a mãe? Todas são mães e musas.
      
Mãe é aquela que tem amor materno e passa para o seu filho confiança, independência e autonomia, para que ele esteja preparado para traçar a sua linha de vida, fazer as suas escolhas e superar as suas frustrações, até o dia em que se torne adulto, construa sua família... abrace seu filho e o saiba confortar nas horas difíceis.
     
A vitória de Martha é a vitória das mães, ambas alcançadas por seus desempenhos e qualidades. Elas serão sempre nossas eternas musas, como apresenta Pedro Du Bois, “Sabe da vida / razões explicitadas / no que faz durante os dias // recebe e oferece / o contido / o inconsentido / o recolhido / e o extravasado // tem o amor inteiro e completo / no suave perfume invadindo o ambiente // concede o afeto / e o torna perto / em sua verdade // sente o corpo descansar / e se refaz inteira / na integridade”. 

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