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sábado, 7 de setembro de 2013

Como me tornei imortal (Eduardo Sabino)



Nilto, boa noite (madrugada, enfim), recebi hoje, e estou aqui lendo, suas ótimas "crônicas da vida literária". Fico muito feliz que você tenha me incluído entre os remetentes de seus livros, pois gosto muito de sua escrita. Aprendo muito com o seu texto.

A preocupação linguística dos contos e crônicas é a mesma. As frases muito bem polidas, fluindo feito rio, com efeitos certeiros.

Gostei muito da crônica que dá título ao livro. O convite para ser imortal que você declinou, derrubando, com muita coragem, a ilusão dos brasões, títulos e imortalidades afins. A reflexão que você faz, aparentemente simples, do escritor como um não crente ou ao menos um ser indeciso, desconfiado, que se vê obrigado a forjar sua própria imortalidade pela arte, é algo que, tenho certeza, alojou-se na cabeça como só as leituras mais provocadoras conseguem.

E tenho que dizer também: que edição espetacular essa do "Armazém da Cultura", hein? Livro bonito, de bela capa e ótima diagramação. 

Abraço do seu leitor, 
Eduardo Sabino  

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