Então começa o seu discurso:
“O amor completa o
ser completo.
Não divagamos turno a
turno
Pra somente estarmos
mudos,
Nem só vagamos num
seleto
Solo sem nexo.
Um desejado instante
nosso.
Mas não é mais. Agora
posso
Dizer seguro: ‘nada
dói’.
Nosso sorriso é nossa
prova,
Não nos reprova.
Talvez o sono não
persista,
Talvez se vá ficando
em paz.
Quem sabe? Nada se
desfaz
Diante dos olhos,
lenta a vista.
Fiquemos sós, nosso consolo
Será estar ‘sem nexo’
ou solo.
Vamos flanar, dizer
adeus
– Graças a Deus!
Junte seus dedos aos
meus dedos
E completemos nosso
dédalo.
Não se apavore que
ainda é cedo,
Onde ficarmos será
certo
Algum sabor de
novidade.
Zero-saudade.”
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