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sábado, 4 de junho de 2011

Da boca vinha uma brisa (Nuno Gonçalves)


da boca vinha uma brisa, uma fresca com gosto de rede. da boca vinha uma espera que em nada lembrava promessa, uma ardência lambuzada de melancolia, vinha algo difícil de descrever. ao menos com essas palavras que me deram, essas que vêm desde antes mesmo d’eu nascer. às vezes me sinto um rio largo desesperado com as águas das chuvas, com sua insuficiência em matar minha sede e aplacar a fúria do sangue de minha memória. daquela boca vinham tempestades, lembro um dia que dela saiu uma asa, aquela boca era uma rota,

Joan Edesson: plantador de borboletas e outros seres (Nilto Maciel)



(Joan Edesson)

Não conheço Joan Edesson. Falavam-me dele: escreve bons contos, mas ainda não publicou livro. Encontrei umas narrativas dele em revistas e concordei com os críticos. Quando me dedicava à elaboração do estudo Contistas do Ceará, ele me enviou um conjunto de histórias curtas, que reuniu no volume O plantador de borboletas (Fortaleza: Expressão Gráfica e Editora, 2011), uma das obras selecionadas no Edital de 2010 da Secretaria da Cultura do Ceará, Prêmio Moreira Campos (categoria conto). E me enviou pelo correio.