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sábado, 17 de setembro de 2011

Iconoclastia suburbana (Daniel Osiecki)


Há três anos devorei um livro de contos intitulado John Fante trabalha no Esquimó, do então desconhecido (pelo menos pra mim) Mariel Reis. Logo nos primeiros textos já tive a impressão de estar lendo um discípulo do mestre (e meu conterrâneo) Dalton Trevisan.

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Cândido Rolim entre a fuga da cidade e a eterna idade (Nilto Maciel)


(Cândido Rolim)

Se não fôssemos escritores, Cândido Rolim e eu nunca teríamos nos conhecido. A não ser por acaso. Ou se nos tornássemos protagonistas de episódios de repercussão internacional, como o assalto ao trem pagador, o crime da Rua Morgue ou o grande desastre aéreo de ontem. Nos jornais, diriam repórteres alarmados e alarmantes: “Morreram, também, o maestro Cândido Rolim e o ator Nilto Maciel. Mergulhadores encontraram, a boiar nas águas...”. Jorge de Lima, o mais singular dos poetas brasileiros, escreveria: “Vejo sangue no ar, vejo o piloto que levava uma flor para a noiva, abraçado com a hélice. E o violinista em que a morte acentuou a palidez, despenhar-se com sua cabeleira negra e seu estradivárius”. Porém, nada disseram, nada dizem, nada dirão, pois somos apenas poetas, como outros, no imenso palco do mundo.