(Publicado no Diário do Nordeste, Fortaleza, 22.09.2012)
Dizer
algo sobre O sol de cada coisa, o décimo livro de Batista de Lima, é tarefa que
deleita e que aflige
Tentar verbalizar ideias sobre os poemas deste livro é viver o paradoxo
de querer calar e só sorver, com a subjetividade e o sentimento, o néctar que
se derrama dos versos e, ao mesmo tempo, é viver a provocação de debruçar-se
sobre a obra, munida com as armas da leitura técnica, para iniciar árdua e
minuciosa análise sobre as infindas possibilidades que os versos nos ofertam.
Sobre as infindas possibilidades ofertadas pelos versos de Batista, leiamos, a
título de introdução deste diálogo, o poema Dúvida, que abre a primeira seção
do livro, sob o título: Essa coisa de viver: (Texto I)