I
Enquanto
as universidades e editoras portuguesas e brasileiras, praticamente, só estudam
e publicam autores africanos lusodescendentes – com as exceções de praxe, na
área editorial, como a Editorial Caminho, de Lisboa, que tem tradição na área
–, pouco se lê sobre romancistas, contistas e poetas africanos autóctones ou
mestiços que utilizam a Língua Portuguesa como meio de expressão. E, no
entanto, em poucos anos, se a Língua Portuguesa – a língua do invasor e do
colonizador – quiser sobreviver no continente africano – e com ela todo o
legado lusófono –, será mesmo dos autores autóctones que dependerá.