“... são os sonhos que garantem a paciência
suficiente para aguardarmos a próxima hora...” (Lígia A. Leivas)
O relógio marca a hora certa. Norteia o tempo. Tempo de quem? Há a hora certa?
Jorge Tufic reflete que “A hora. Quem / sabe da hora que / os relógios /
deixam de ver?...” Hora certa, para quê, se o tempo exclui o relógio. O
mais interessante é tratar do tempo como questão singular: sistemas de valores
e modo de vida. Como diz Manoel de Barros, “Não atinei até agora porque é
preciso andar tão depressa. / Até há quem tenha cisma com a lesma porque ela
anda muito depressa. / Eu tenho. / A gente só chega ao fim quando o fim chega!
/ Então prá que atropelar?”